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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

A Guiné Bissau espera muito de seus cônsules honorários


                        Ministro Faustino Fudut Imbali


O ministro guineense dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e das Comunidades Faustino Fudut Imbali, disse segunda-feira (28 de janeiro) que a Guiné Bissau espera muito dos seus cônsules honorários um papel mais ativo na informação e divulgação da situação real do país e das suas potencialidades. Imbali se exprimia no ato de abertura da primeira conferência de representantes consulares decorrida em Bissau.

“Esta última evolução da situação política do país é demonstrativa do consenso ao nível interno sobre a situação vigente e a forma como deve decorrer o retorno à normalidade constitucional na Guiné Bissau, espaço político saudado pela comunidade internacional”, afirmou.

“É neste contesto que o país espera muito de seus cônsules honorários um papel mais ativo na informação e divulgação da situação real do país e das suas potencialidades. O país dispõe de comunidades guineenses cada vez mais em número maior e espalhados por diversos países de acolhimento onde não existe representação diplomática ou consular da Guiné Bissau, justificando, por isso, maior empenho de cônsules honorários”, rogou.
Fonte: Rádio Sol Mansi

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Cônsules Honorários da Guiné-Bissau reunidos em Buba


Palácio  do Governo (Foto: Abdurahamane Toure)

A primeira Conferência de Cônsules da Guiné-Bissau realiza-se na cidade de Buba, região de Quinara, sul do país, entre 28 e 30 de Janeiro. O «encontro de Buba» é promovido pelo Governo de transição, que pretende informar-se da situação de representação do país no exterior, bem como ouvir as dificuldades com que se têm deparado os cônsules guineenses.

Durante três dias vão estar em dissuasão, de entre outros temas, a diplomacia guineense no mundo globalizado, a Guiné-Bissau presente e perspetiva do futuro, a tutela do estrangeiro na ordem jurídica guineense e as oportunidades de investimento na Guiné-Bissau.

Os trabalhos terminarão com visitas a algumas localidades do interior do país, nomeadamente à cidade de Buba, cidade de Cachéu e Quinhamel, os dois últimos na zona norte do país. O Ministro dos Negócios Estrangeiro do Governo de transição, Faustino Fudut Imbali, vai presidir à cerimónia de abertura do encontro.


Fonte: Jornal Digital

Brasil quer participar na estabilização da Guiné-Bissau


Dilma Rousseff diz que Brasil quer participar na estabilização da Guiné Bissau

A presidente Dilma Rousseff disse que o Brasil quer participar nos processos de estabilização da Guiné Bissau e considera ser responsabilidade de Portugal apoiar a antiga colónia. Numa abordagem a conflitos internacionais, no final da Cúpula Brasil-União Europeia, realizada quinta-feira no Palácio do Planalto, a presidente  demonstrou o interesse especial do Brasil em participar do processo de paz na Guiné-Bissau, integrante da comunidade dos países de língua portuguesa.

"Também não podemos ficar indiferentes à situação vivida na Guiné-Bissau, principalmente um país de língua portuguesa", afirmou. "Nós temos interesse em participar de todos os processos para que essa situação de conflito armado e de agravamento da instabilidade política da região devido ao tráfico de drogas, ao tráfico de armas, à pirataria, seja resolvida", afirmou Dilma.
A presidente fez referência também à responsabilidade de Portugal, como antigo colonizador, em apoiar o país africano. No início da semana, o representante da ONU para a Guiné Bissau, José Ramos Horta,  pediu ao Brasil maior controle sobre a droga levada da América do Sul para a África.

Tentações coloniais
A presidente do Brasil defendeu a submissão das ações militares no Mali ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), com atenção na proteção de civis. "O combate ao terrorismo não pode, ele mesmo, violar os direitos humanos nem reavivar nenhuma das tentações, inclusive, a antigas tentações coloniais", disse, sem citar o nome, em referência à atuação da França, que colonizou o país por décadas, até sua independência, em 1960.

A presidente disse que considera "muito preocupante" a situação do conflito armado no Mali. "Advogamos uma participação muito grande dos órgãos internacionais na resolução desses conflitos"Dilma Rousseff defendeu uma mobilização internacional para que se encontre solução pacífica para o conflito na Síria. "Ficou visível que, através do conflito armado, não se chegará a um acordo", disse. Segundo a presidente, o principal responsável pelo acirramento do conflito é o governo local, mas a oposição armada também contribui. As informações são da Agência Brasil.
Fonte: Africa 21

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

ONU quer controle do Brasil sobre entrada de droga em Guiné-Bissau


José Ramos Horta

"Brasileiros, colombianos e venezuelanos, façam mais para evitar a saída da droga da América do Sul." O pedido é do ex-presidente do Timor-Leste e ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 1996 José Ramos-Horta, representante nomeado das Nações Unidas em Guiné-Bissau. O país africano é rota de passagem de cocaína para a Europa.

"Os nossos irmãos africanos, sobretudo da África Ocidental, sempre aparecem mal na fita quando, na realidade, nenhum país africano produz droga. Isto é produzido na América Latina. Em nenhum país africano há grande consumo de droga. Consumidores há na América do Norte e na Europa", ponderou.

Para José Ramos-Horta, o problema de drogas na Guiné-Bissau seria resolvido se "os nossos irmãos da América Latina fizessem maiores esforços para controlar a produção da droga, e os nossos irmãos europeus fossem mais eficazes em controlar suas fronteiras", disse nesta segunda-feira ao sair de reunião na sede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Lisboa.

Na última década, Guiné-Bissau passou a ser utilizada como rota de narcotráfico para a Europa, crime que, segundo o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc), tem sido mais rentável que os Estados Unidos, em especial no caso da droga produzida na Colômbia e na Venezuela.

O relatório do Unodc de 2012 aponta para o trânsito de drogas entre países falantes da língua portuguesa. "Uma parte da cocaína enviada para o Brasil é contrabandeada para a África (sobretudo o oeste e o sul da África), tendo a Europa como destino final. Por causa de afinidades linguísticas com o Brasil e alguns países africanos, Portugal emergiu como área significativa para o trânsito de cocaína", descreve o documento.

O tráfico de drogas se aproveita da extrema pobreza de Guiné-Bissau, herdada do período de colonização portuguesa, iniciada antes do descobrimento do Brasil. Há o problema da fragilidade das instituições de Estado de direito, marcadas por movimentos recorrentes de golpes de Estado - em quase 40 anos, nenhum presidente eleito chegou ao fim do mandato. Em abril do ano passado, militares atacaram a residência do então primeiro-ministro e principal candidato às eleições presidenciais de Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior.

Os militares têm a hegemonia política do país desde a independência. Ramos-Horta promete procurá-los e também outros setores para dialogar. "Serei muito ativo no diálogo, no ouvir as pessoas. Serei ativo sem ser intervencionista", disse, seguindo a orientação da ONU e afinado com a CPLP, que não reconhece o governo de transição instalado no país desde abril do ano passado. 

Ramos-Horta muda-se na segunda semana de fevereiro para Bissau, capital de Guiné-Bissau. Uma das metas das Nações Unidas é que o país se pacifique internamente e promova novas eleições. "As eleições não são um fim em si, mas um instrumento de escuta da sociedade. Para além do ato eleitoral, tem que haver um processo de diálogo e de organização das eleições para que o resultado venha a ser aceito sem qualquer questionamento", disse, sem prever quando os guineenses voltarão a ter eleições.

Em recente reunião no Uruguai dos 23 países que integram a Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul (Zopacas), o Brasil se posicionou em favor do diálogo interno na Guiné-Bissau para dirimir conflitos. O Brasil tem grande interesse na normalização da vida política em Guiné-Bissau por causa da participação do país na CPLP, importante acesso do Brasil à África.

Fonte: Terra Brasil

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Conflito na Guiné-Bissau é um dos maiores desafios do Atlântico-sul


Chanceler Antonio Patriota 

Montevideu – O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, admitiu hoje (terça-feira), durante o encontro ministerial de países do atlântico-sul, que a situação na Guiné-Bissau figura entre os maiores desafios da região.

"A crise vivida hoje por esse país do atlântico sul é exemplo de uma situação com implicações sérias sobre o espaço do Atlântico Sul e à qual não podemos ficar indiferentes", afirmou o ministro brasileiro durante um discurso na reunião ministerial da Zopacas (Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul), em Montevideu, no Uruguai.
Patriota citou o conflito como "muito próximo do Brasil", devido função dos laços culturais e históricos que unem os dois países, e ressaltou que o Governo brasileiro tem procurado fazer o possível para a "superação" da situação gerada com o golpe de Estado de Abril do ano passado.

O ministro brasileiro admitiu, no entanto, que os esforços realizados pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, em conjunto com a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), a União Africana e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), não têm obtido resultados satisfatórios.
"Temos de reconhecer que, até ao momento, a coordenação entre os atores internacionais não tem conseguido construir caminho satisfatório e consensual para o encaminhamento da questão, e que isso prejudica a própria Guiné-Bissau", reforçou.

O ministro apelou para que todos os países envolvidos na questão "tomem por parâmetro" as decisões do Conselho de Segurança e defendeu a atuação dos membros da CPLP na busca de uma "convergência" para a normalização da situação e volta da estabilidade. "Espero que, num futuro não tão distante, a Guiné-Bissau possa somar-se aos trabalhos da nossa Zona de Paz e Cooperação", concluiu Patriota, que também citou como desafios o maior desenvolvimento econômico e social da região. 

A Zona de Paz e Cooperação no Atlântico Sul (Zopacas) foi criada por iniciativa brasileira em 1986, e integra, ao todo, 24 países, incluindo a maior parte dos africanos lusófonos, entre eles Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe.
A reunião a nível ministerial, que decorre entre hoje e quarta-feira, pretende traçar um plano de acção conjunto visando o fortalecimento das relações e do intercâmbio comercial entre os membros, bem como acções voltadas para o desenvolvimento, segurança e manutenção da paz na área.
O Atlântico Sul representa a principal rota marítima do comércio do Brasil, por onde passam 95 por cento das exportações e importações brasileiras.

Fonte: ANGOP

Convite


terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Ramos Horta diz que papel do Brasil é importante para a Guiné Bissau

Ramos Horta (Foto: ONU)

Em entrevista à Rádio ONU, ao ser perguntado pela contribuição brasileira ao processo de consolidação da paz para a Guiné-Bissau, Ramos Horta disse que o Brasil tem um papel importante no país africano.

Nova York - "A África pode contar com o Brasil". A afirmação foi feita pelo novo representante especial do secretário-geral da ONU na Guiné-Bissau, José Ramos Horta, que deve assumir o  posto no fim deste mês. Em entrevista à Rádio ONU, ao ser perguntado pela contribuição brasileira ao processo de consolidação da paz para a Guiné-Bissau, Ramos Horta disse que o Brasil tem um papel importante no país africano.

"O Brasil tem enorme credibilidade. Além disso, tem hoje poderio econômico. Há muita sensibilidade no Brasil para cooperação com África. Por um lado, dada a proximidade do Brasil com África, dada à história da escravatura. Esta história, esta consanguinidade aproximam muito o Brasil da África. E a África sabe que pode sempre contar com o Brasil e dada, portanto, toda esta complexidade, riqueza de relação África-Brasil, Brasil-África, o papel do Brasil é incontornável. É extremamente importante."

José Ramos Horta, ex-presidente do Timor-Leste, deve chegar a Bissau no início de fevereiro. Ele irá chefiar o Escritório Integrado para Consolidação da Paz no país africano, que vive um regime de governo de transição desde o golpe militar de 12 de abril.

Ramos Horta que é ganhador do Prêmio Nobel da Paz leva à Guiné-Bissau mais de 30 anos de experiência política incluindo negociação de conflitos.

Fonte: África 21

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Brasil e África intensificam relações em 2013


Foto:  http://gazeta24horas.com.br

Brasília - A relação do Brasil com os países da África deve se intensificar em 2013 devido a uma série de parcerias e aos esforços para estimular o crescimento econômico com inclusão social. Segundo o subsecretário-geral político para África e Oriente Médio do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Paulo Cordeiro de Andrade Pinto, o Brasil é uma espécie de exemplo a ser seguido, pois, assim como a maioria dos países africanos, também foi um território colonizado.

A presidenta Dilma Rousseff tem pelo menos duas viagens ao longo do ano previstas para a região. Em fevereiro, Dilma deve participar da Cúpula América do Sul-África, no Malabo, na Guiné Equatorial. Em março, a presidenta deve fazer parte das reuniões da Cúpula Brics (Brasil, Rússía, Índia, China e África do Sul), em Durban, na África do Sul.

Para o embaixador, o crescimento econômico no Continente Africano gera novas demandas, abrindo oportunidades de incremento do comércio com o Brasil. “O Brasil pode servir de exemplo, sim, para os países da África. O Brasil é uma espécie de portador de esperanças, pois vem superando as dificuldades e mazelas”, disse o embaixador. “Os africanos observam o Brasil de forma diferente do que [por vezes é a] projetada do país no exterior. Quando vêm ao Brasil, os africanos observam uma realidade superior ao que imaginavam encontrar.”

De acordo com Paulo Cordeiro, os países africanos aumentaram os interesses em relação à cooperação nas áreas de serviços, tecnologias, saúde, programas de transferência de renda e agricultura, assim como ciência, tecnologia e educação. Segundo o embaixador, os africanos têm se interessado cada vez mais em estudar no Brasil.

O embaixador destacou também que as obras do pré-sal estimulam o interesse dos africanos em relação ao Brasil, incluindo projetos nas áreas de defesa e pesca. Paulo Cordeiro reiterou que há parcerias já firmadas com a Namíbia e Angola, no Sul da África, nos setores de defesa e petróleo. No passado, houve parcerias com a Marinha do Brasil e a de Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, assim como a de Benin.

Fonte: EBC