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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

CPLP inaugura nova sede com a expectativa de maior ligação à sociedade


Lisboa - A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) inaugura na segunda-feira a sua nova sede em Lisboa, um espaço maior e com mais funcionalidades, que os seus dirigentes acreditam permitirá abrir a organização à sociedade.

O novo espaço, que ocupa o Palácio Conde Penafiel, na zona do Largo do Caldas, na baixa de Lisboa, inclui auditório, biblioteca e centro de documentação, além de salas de reuniões, gabinetes de trabalho e um salão nobre, onde serão recebidas entidades oficiais.

"Fica facilitada a nossa intenção de promover um contacto mais direto com a comunidade", disse à agência Lusa o secretário-executivo da organização, Domingos Simões Pereira, adiantando que a idéia é atrair a comunidade acadêmica e promover encontros com as várias comunidades lusófonas que vivem em Portugal.

"Este conjunto de movimentos deverá permitir que a CPLP seja mais conhecida e esteja mais presente no dia a dia dos cidadãos", considerou, lembrando que as anteriores instalações, na Lapa, não ofereciam condições para estas iniciativas.

Ao longo dos primeiros 15 anos de existência, a CPLP, criada a 17 de julho de 1996, afirmou-se como organização de concertação político-diplomática e de cooperação, sendo frequentemente criticada por não conseguir chegar às sociedades dos oito países.

"Gostávamos de ter ido bastante mais rápido, mas (...) era preciso estruturar a organização, era preciso que fosse reconhecida nos espaços oficiais para que hoje possamos sentir que temos oportunidade de nos aproximarmos da comunidade", disse.

A cerimónia de inauguração das instalações será a primeira iniciativa na nova sede e o programa arranca hoje com uma reunião de peritos que até sábado irão analisar formas de promover o reforço da cooperação económica e empresarial dentro da comunidade lusófona.

Do encontro entre economistas, investigadores, gestores e académicos deverá sair um relatório com recomendações e propostas que permitam aumentar o comércio e os investimentos entre as economias lusófonas.

O programa inclui ainda a realização de um concerto com artistas lusófonos, na sexta-feira.

Na segunda-feira, decorre a cerimónia inaugural da nova sede, que será presidida pelo Presidente da República de Portugal, Aníbal Cavaco Silva, e contará com a presença do vice-presidente de Angola, Fernando Piedade dos Santos, em representação da presidência angolana da organização.

Participam também na sessão o primeiro-ministro português, Pedro Passo Coelho, e os ministros dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, que na tarde de segunda-feira realizam um Conselho de Ministros extraordinário.

Os ministros irão analisar o relatório dos peritos sobre cooperação empresarial e económica, a situação na Guiné-Bissau, que vive um período eleitoral após a morte do Presidente da República, e fazer o ponto de situação do pedido de adesão da Guiné Equatorial à organização.

O programa termina na terça-feira com um colóquio em que antigos chefes de Estado e de Governo, como o português Mário Soares ou moçambicano Joaquim Chissano, analisam os 15 anos da CPLP.

"Espero que a avaliação seja positiva e que reconheça que, mesmo com alguns desvios, no essencial nos mantivemos no trilho do que eram as expetativas dos chefes de Estado quando criaram a organização. Espero também que nos digam que a CPLP não está esgotada, apontando o que pode ser o percurso nos próximos 15 anos", disse Domingos Simões Pereira.

Fonte: Lusa

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