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sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Discurso da Embaixadora Eugénia Saldanha Araújo no Lançamento do Livro

Embaixadora Eugénia Saldanha Araújo proferindo o discurso


Brasília 22/09/11
Discurso da Senhora Embaixadora Extraordinária e Plenipotenciária  da República da Guiné-Bissau no Brasil
 - Suas Excelências autoridades Brasileiras aqui presente
-Excelências e caros colegas Embaixadores e Representantes dos Organismos Internacionais.
- Prezado Ministro Conselheiro da Embaixada de Portugal.
Ilustres Presentes,
Permitam-me em primeiro lugar saudar as autoridades brasileiras presentes neste acto, pela disponibilidade e pelo acolhimento do convite formulado.
Saudar igualmente o Instituto Camões e todos os presentes, manifestando o nosso profundo agradecimento por tomarem parte neste evento em que pela primeira vez, um escritor guineense, lança um livro em Brasília, iniciando assim o intercâmbio cultural entre o meu país Guiné-Bissau e a República Federativa do Brasil, num segmento quão importante como necessário para uma relação fraterna e solidaria entre Povos.
Cumpre-me em nome da Embaixada da Guiné-Bissau, saudar, elogiar e agradecer a todos que duma maneira ou outra contribuíram para que este evento se efectiva-se, e quero aqui referir: à Editora Thesaurus, o Instituto Camões, Pão de Açúcar e a nossa representação diplomática. 
Excelências,
Ilustres Convidados
Esta é a minha primeira apresentação, precisamente numa ocasião em que a Embaixada da Guiné-Bissau se encontra já instalada, equipada e em estruturação, para puder desenvolver a sua Missão no solo pátrio Brasileiro.
Aproveitando à feliz coincidência, apraz trazer para o vosso conhecimento que, no dia 24 de Setembro a República da Guiné-Bissau, comemora o trigésimo oitavo (38º) aniversário da Proclamação da sua Independência feita em 1973, nas colinas de Boé, localidade que fica no Leste do nosso país.                    
Estamos conscientes que temos pela frente muito trabalho pela sua dimensão, heterogeneidade e complexidade, mas com a vossa prestigiosa ajuda e, concurso de todos, havemos de trilhar esse caminho, superando todas ás dificuldades.
Brasil e Guiné-Bissau têm um amplo histórico de parcerias estratégicas, para o Desenvolvimento, que passa pelas áreas sociais, económicas, comerciais, industriais, culturais e tecnológicos.
República Federativa do Brasil é um país que desde a independência da Guiné-Bissau, tem dado um contributo notável, com o apoio na formação dos recursos humanos, e nos últimos anos essas contribuições têm passado pela Consolidação da jovem Democracia guineense.
Coordenou e ainda coordena a configuração específica da Comissão de Construção da Paz para a Guiné-Bissau junto das Nações Unidas, que é presidida pela senhora Embaixadora Maria Luiza Ribeiro Viotti, que permanece firme, na adoção de medidas essenciais para o Desenvolvimento Económico, Inclusão Social e a Reforma no Sector da Defesa e Segurança, para o equacionamento dos problemas estruturais e conjunturais que enfrentamos.
Garanto, por conseguinte, que o nosso compromisso está baseado no princípio de responsabilidade mútua e procura da consolidação de instituições democráticas, sem as quais a Paz e Estabilidade serão sempre frágeis e estarão ameaçadas na Guiné-Bissau.
Ilustres Convidados   
A Cultura é aqui celebrada, no mês das nossas independências, Brasil e Guiné-Bissau, não só, para a internacionalização da língua portuguesa, que é o nosso elo mais forte e “PATRIA COMUM”, mas também, para marcar o início duma relação que se pretende mais próxima entre os nossos países, falantes, da língua de Luis de Camões, Machado de Assis, Fernando Pessoa, Jorge Amado, e porque não invocar também aqui, nossos irmãos africanos, como a Alda Espírito Santo, José Craveirinha, Vasco Cabral, Agostinho Neto e o nosso saudoso líder Amílcar Cabral, que antes de avançarem para a luta política, para as nossas Independências, foram poetas e poetas continuam a ser, porque como dizem os poetas: “O POETA NUNCA MORRE”!
Provavelmente este acto Cultural, trata-se da lógica consequência de que os laços culturais que nos unem, fincados pela criação da CPLP em Maranhão, sabiamente impulsionados, por um digníssimo diplomata brasileiro, Embaixador José Aparecido de Oliveira (que aproveito ocasião para prestar a minha singela homenagem) continuam fortes, e contamos que todos juntos, podemos contribuir de forma positiva, para o seu enriquecimento difusão e fortalecimento.
A República da Guiné-Bissau está iniciando uma nova etapa de relacionamento com o Brasil, isso graças ao empenho dos seus governantes e os apoios recebidos dos parceiros de Desenvolvimento nomeadamente à Comunidade dos Países da Língua Portuguesa- CPLP.
É salutar destacar, que, aqui e hoje estamos estabelecendo um novo paradigma de cooperação directa entre a Guiné-Bissau e o Brasil.           
Para terminar, e como “os últimos são os primeiros” permitam-me que felicite de forma calorosa o pianista Adriano Jordão diretor cessante do Instituto Camões de Brasília e o autor e poeta, meu conterrâneo, senhor deputado, Francisco Conduto de Pina, camarada de árduas batalhas para consolidação da Nação Guineense, pela magnífica obra poética que hoje apresenta ao público.
Os meus Parabéns!
Bem-haja a todos!
Muito obrigado pela vossa atenção!            

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